A Petulante Mosca e o Erro da Ignorância
- Lucas Ramos
- 16 de out. de 2017
- 2 min de leitura

Certo dia me deparei com uma pequena mosca vagando pela minha cozinha, a insignificante criatura tentava consecutivamente sair por um basculante, que por sua vez estava fechado e por ser feito de vidro, causava uma falsa percepção do que a havia à frente, uma barreira iludindo os sentidos do inseto, de tal forma levando-o ao erro pertinente em tentar sair e obviamente não obter sucesso. A Mosca batia na vidraça voando em direção ao exterior, mas não conseguia sair por causa do vidro, porém ao em vez de desistir desse caminho obviamente falho, ela persistia no erro contínuo, como se por algum motivo, talvez celestial advindo do Deus por qual ela orava ou pela sua simples falta de noção do mundo tangível criado pelo homem, e que apesar de ser a razão mais plausível, não podemos nós saber o que se passava.
Porém se por algum momento ela tivesse parado e buscado por alguma alternativa mais inteligente e eficaz teria observado que a menos de um metro de onde se encontrava havia uma janela aberta, dando diretamente para o ambiente exterior e que apenas uma pequena coluna separava-as.
A Mosca é um ser irracional, então cabe a nós apenas desculpar a tolice e ignorância dela, e por fim achar graça da situação patética em que ela se encontra, no entanto, assim como a mosca, o homem persiste no erro, ele nega que haja uma outra alternativa, que seja mais eficiente, sempre sendo cego por uma coluna de ignorâncias e dogmas da sociedade e de seu próprio ser, preferindo tentar, e tentar, no mesmo caminho falho ao em vez de buscar uma alternativa melhor, parando e olhando ao redor, deixando de lado seu egoísmo, ego, crença ou seja qual for o fator que lhe faz permanecer no erro e na situação em que se encontra.
O que diferencia o ser humano dos outros demais seres no planeta terra é a nossa capacidade única de pensar da maneira como pensamos, de ver lógica nas coisas, de compreender o que nos rodeia e aprender com as coisas que vemos, ouvimos e que acontecem, usar nosso cérebro para nos favorecer, no quesito sobrevivência, ou até mesmo para se divertir, e apesar disso, o homem demonstra cada vez mais sua irracionalidade e semelhança com os animais através de seus erros petulantes e banais que acabam destruindo ele mesmo e, em grande, o mundo que o rodeia.
Estamos nos tornando moscas? ou apenas não percebemos os insetos que somos, insignificantes ao universo e ao tempo, e que, assim como uma bota esmaga uma formiga, estes podem nos apagar da existência, e nosso mísero tempo aqui seria apenas um piscar de olhos para imensidão estelar.
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